Confira as 10 regras para uma boa convivência entre você e a empregada doméstica

Boa convivência entre empregador e empregada doméstica – 10 regras preciosas

Empregador e doméstica mantêm uma relação mais delicada do que todas as outras, e isso por um simples motivo: o ambiente de trabalho é, além disso, lar e descanso.

Tendo em vista que é esse o ambiente em que a relação de trabalho se desenvolve – e não em um ambiente mais formal, como uma empresa -, a boa convivência se torna duplamente fundamental.

Partilhando da intimidade e privacidade de uma família, a doméstica tem mais acesso ao seu empregador do que em qualquer outro serviço e, se essa intimidade não for bem dosada, a relação pode entrar em risco e trazer consequências indesejáveis.

Por isso, listamos aqui 10 regras preciosas para uma boa convivência com sua empregada doméstica e um ambiente de trabalho harmonioso e equilibrado.

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1ª regra da boa convivência – Seja maleável

Sua empregada doméstica tem família, saúde e contas para cuidar. É natural que, eventualmente, algum imprevisto aconteça ou a jornada diária de trabalho precise ser reduzida por algum compromisso específico.

Não seja muito rígido nesse ponto se vir que ela está sendo sincera!

A doméstica pode precisar ir ao médico, cuidar de um filho doente (ou até mesmo estar doente) e demorar mais na fila do banco do que o esperado. A questão é: imprevistos irão acontecer.

É fato que essas situações podem ser estressantes a depender das circunstâncias, mas a maleabilidade é necessária para lidar com elas de maneira que sua vida não vire de cabeça para baixo e sua empregada doméstica sofra as consequências no dia seguinte.

Observe, contudo, se esses eventos são frequentes e se as justificativas parecem irreais. Caso as faltas sejam extremas e as histórias mal contadas, vale a pena conversar e tentar descobrir o que está acontecendo, e, com base nisso, tomar as decisões cabíveis.

Na verdade, esse pode inclusive ser um motivo para a demissão da empregada doméstica por justa causa!

2ª regra da boa convivência – Demonstre interesse

Essa dica consiste, basicamente, em evitar problemas e manter uma relação saudável.

Sua empregada doméstica está no seu lar, em contato com a sua família e limpando seus pertences. Dê a ela a abertura suficiente para se expressar sempre que precisar.

Pergunte sobre o seu dia, sua história e como foi seu final de semana. Esteja atento ao que ela diz e demonstre interesse.

Com essa atitude sua doméstica se sentirá mais confortável ao partilhar algum problema ou imprevisto, sabendo que você estará atento às suas necessidades e não julgará nem punirá eventuais imprevistos.

Demonstrar interesse facilita o diálogo e deixa sua empregada mais confortável, permitindo uma aproximação entre patrão e trabalhador, com respeito mútuo.

Assim você terá mais do que uma trabalhadora que segue suas ordens, mas uma trabalhadora fiel e companheira, com quem você poderá contar, atingindo a boa convivência.

3ª regra da boa convivência – Estabeleça limites

Os 2 tópicos acima mostram a importância da proximidade entre contratante e contratada, contudo, limites são absolutamente necessários!

Não se esqueça de que, no final, a relação é trabalhista.

Deixe claro quais são suas proibições: uso de telefone celular, fumo, bebidas, etc.

Se existirem locais ou itens nos quais você não quer que sua trabalhadora mexa ou toque, deixe isso bastante claro.

A lógica é a mesma caso você tenha algum hábito diário que não pode ser atrapalhado, como uma reunião, meditação, estudo ou exercício.

Às vezes, para evitar esses desconfortos, basta que desde o começo a trabalhadora esteja ciente do quanto isso importa para você.

Mas a dica não para por aí: o empregador também deve ter limites: práticas como a fiscalização de bolsas, exigência de tarefas não acordadas anteriormente e maus-tratos devem ser absolutamente evitadas na sua relação com a empregada doméstica.

É uma via de mão dupla: respeitar e ser respeitado.

4ª regra da boa convivência – Seja claro

Não crie ambiguidades no entendimento da sua funcionária: seja expressamente claro nas tarefas e obrigações. Se possível, as inclua no contrato. Isso serve tanto para as atividades exercidas no lar quanto para os possíveis acontecimentos durante a vigência do acordo.

Expresse claramente e por escrito quais são as exatas funções da doméstica, como por exemplo limpar o closet, limpar dentro e fora dos armários, servir almoço para as crianças, etc.

Descontos e acréscimos no salário também devem estar previamente acordados com a doméstica.

Se uma hora de atraso for causa de desconto, isso deve estar escrito e assinado. Da mesma maneira, uma hora extra que causa acréscimo de salário também deve estar prevista no contrato.

Não deixe nada do que diz respeito aos direitos e deveres da doméstica de fora do contrato e sem sua anuência, isso te previne de diversos problemas lá na frente.

Talvez essa seja a principal dica, porque é dessa falta de clareza que surgem aqueles pequenos desentendimentos que prejudicam a boa convivência entre empregador e doméstica.

Um acúmulo desses desentendimentos pode tornar a relação insuportável!

5ª regra para a boa convivência – Oriente e delegue

Esclarecidos quais são os direitos e obrigações de cada parte, forneça todos os meios necessários para que todas as tarefas sejam realizadas sem dificuldades.

Pode ser que uma tarefa deva ser realizada de um jeito específico, mas a sua empregada doméstica não saberá disso até que você a explique.

Portanto, não poupe saliva: deixe explícito se há algum detalhe ou exigência quanto à realização dos deveres.

Se você fizer isso da melhor maneira possível, não há o que temer: delegue.

Deixe sua empregada fazer seu trabalho conforme as suas instruções. Dê espaço e permita que sua funcionária aja sem se sentir vigiada. Tenha paciência e retome o ensinamento quantas vezes achar necessário.

Não é uma má ideia fazer uma lista de tarefas com esses detalhes, assim ela pode sempre se lembrar do que fazer sem que você precise ficar repetindo tudo.

6ª regra para a boa convivência – Dê retorno sobre o desempenho

A empregada doméstica pode, por vezes, se sentir perdida quanto à eficiência de seu trabalho.

Por isso, seja sincero e deixe claro – de maneira respeitosa – se as expectativas estão ou não correspondendo ao que foi acordado no contrato.

Ao contrário do que muitos pensam, não precisa ser uma conversa chata ou desagradável. Posicione-se como alguém que quer continuar com os serviços dela, mas gostaria que algumas coisas fossem feitas de maneira um pouco diferente.

Isso é normal!

Diga à sua funcionária se seu serviço está sendo bem feito ou se poderia melhorar em algum aspecto, mas não só isso: (preste muita atenção nessa parte!) diga também COMO ela pode melhorar.

Tão importante quanto isso é elogiar! Se tudo estiver bem, não custa absolutamente nada dizer que ela está fazendo um bom trabalho.

Assim, você estimulará um ambiente tranquilo onde a empregada sabe exatamente o que está fazendo e como o seu chefe se sente sobre ela.

Isso vai deixá-la mais segura e mais motivada a deixar você cada vez mais satisfeito com seu trabalho.

7ª regra para a boa convivência – Pague em dia

Como dito anteriormente, seu empregado tem contas e família.

Atrasar seu salário não tem apenas consequências na relação puramente trabalhista de contratante e contratado, mas na vida pessoal da sua doméstica também.

E uma vida pessoal desequilibrada vai refletir na relação de trabalho.

Pode até ser que a doméstica comece a ter menos zelo, cuidado e proatividade.

Ou seja, não pagar a sua doméstica em dia acaba atrapalhando tanto você quanto ela.

Lembre-se também que a falta de pagamento do salário tem consequências jurídicas, como multa e juros em caso de atraso.

A doméstica, tendo esse direito negado, pode procurar um advogado e dar início a uma reclamação trabalhista a qualquer momento, comprometendo a sua segurança jurídica e financeira!

Se quiser, leia nosso artigo sobre como regularizar a situação da empregada doméstica para não ser alvo de uma reclamação trabalhista.

8ª regra da boa convivência – Procure por referências

Todos conhecem alguma história de empregada doméstica que acabou mal.

Casos de faltas frequentes, tarefas não cumpridas ou mal feitas, abusos de horários e até furtos não são tão raros assim.

Logo, todos devem contratar uma empregada doméstica com certa precaução, levando em conta o risco que correm ao exporem sua intimidade e casa.

É dever do contratante, portanto, procurar por referências nos serviços passados de sua doméstica antes de contratá-la.

No caso de contratação por agências, verifique se ela é confiável e busque sanar suas dúvidas quanto à doméstica.

Isso vai te dar a segurança necessária para não cair na tentação de cometer alguns abusos trabalhistas no futuro, como fiscalizar o serviço da trabalhadora ou até instalar câmeras de segurança, o que pode acabar com a boa convivência.

9ª regra para a boa convivência – Dê as condições necessárias

Uma das maneiras de deixar a empregada doméstica segura é manter um ambiente de trabalho equilibrado e organizado.

A compra dos itens de limpeza corretos e de boa qualidade, luvas de borracha, eletrodomésticos e evitar desarrumar muito o ambiente facilitam e permitem que a empregada realize o seu trabalho com facilidade e primor, além de segurança.

É importante também manter uma relação de diálogo, prestando atenção em suas necessidades e inseguranças e buscando atender o que for preciso para um serviço tranquilo.

10ª regra para a boa convivência – Contrate a pessoa certa!

Enfim, o nosso último item diz respeito ao processo de contratação, que é a maneira de fazer com que tudo comece bem para terminar bem!

Ao contratar um serviço doméstico deve-se ter em mente quais são suas necessidades e que tipo de profissional pode supri-las.

Seja empregada doméstica, cozinheira ou babá, deixe tudo bem definido e analise, em seguida, quais características são essenciais ao empregado que você procura: de itens mais específicos até os mais diversos (organização e bom humor, por exemplo).

Assim, você evitará possíveis incompatibilidades e desalinhamento de expectativas entre as duas partes.

Se quiser um passo a passo, tomando todos os cuidados jurídicos, é só ler o nosso artigo sobre como contratar uma empregada doméstica.

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Empregador e doméstica mantêm uma relação mais delicada do que todas as outras, e isso por um simples motivo: o ambiente de trabalho é, além disso, lar e descanso. Tendo em vista que é esse o ambiente em que a relação de trabalho se desenvolve - e não em um ambiente mais formal, como uma empresa -, a boa convivência se torna duplamente fundamental.