De acordo com a fundação seade, mensalistas com carteira assinada passaram de 40,9% da mão de obra do setor, em 2014, para 42,8%, em 2015

Salário de domésticas teve aumento real de 4,6% em 2015

De acordo com a Fundação Seade, mensalistas com carteira assinada passaram de 40,9% da mão de obra do setor, em 2014, para 42,8%, em 2015

O rendimento médio dos empregados domésticos cresceu 4,6% em 2015 na comparação com 2014, descontada a inflação, mostra estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Durante os 11 anos da pesquisa, os salários dos trabalhadores apresentam aumentos consecutivos.

Alexandre Loloian, economista e coordenador da equipe de análise da Pesquisa de Emprego e Desemprego, disse que a ausência de oferta, que pressionaria os salários, influenciou esse resultado durante os últimos anos.

“As jovens deixam de ter o trabalho doméstico como porta de entrada no mercado de trabalho. Elas passaram a ter escolaridade mais alta, ensino médio, superior, e não veem no emprego doméstico uma alternativa de ocupação valorizada socialmente”, acrescentou.

O economista lembrou que, apesar da crise econômica do ano passado, a categoria de domésticas foi o único segmento a receber aumento de renda real. “Todos os outros setores (serviços, indústria, comércio) perderam em termos de poder real. Por exemplo, o rendimento médio por hora das empregadas domésticas, que inclui mensalistas e diaristas, está em R$ 8. Mais que o comércio, que tem rendimento médio de R$ 7,56”, explica.

Os mensalistas com carteira assinada passaram de 40,9% em 2014 para 42,8% da mão de obra do setor em 2015. “O processo de formalização foi uma coisa meio geral no Brasil, especialmente na região metropolitana de São Paulo. Tivemos uma queda muito forte do assalariado sem carteira, dos autônomos. O crescimento da economia fez com que muito mais gente tivesse acesso ao emprego formal”, disse.

No caso das domésticas, sobretudo diaristas, 86,7% das que não têm carteira assinada não contribuem para a Previdência Social. “Isso é um dado muito preocupante, que eu acho, sinceramente, é por falta de informação”, disse. “Como microempreendedor individual, as empregadas domésticas podem ter acesso aos direitos previdenciários como auxílio-doença, auxílio-maternidade e aposentadoria. Não envolve burocracia e elas pagam em torno de R$ 56, que é razoável”, comentou.

Fonte: Portal Brasil

De acordo com a fundação seade, mensalistas com carteira assinada passaram de 40,9% da mão de obra do setor, em 2014, para 42,8%, em 2015